sábado, 7 de janeiro de 2012

O que significa OTAKU?

 
Otaku (おたく lit. seu lar) é um termo usado no Japão para designar um fã por um determinado assunto, qualquer que seja. No imaginário japonês, a maioria dos otakus são indivíduos que se atiram de forma obsessiva a um hobby qualquer. No ocidente, a palavra é utilizada como uma gíria para rotular fãs de animês e mangás em geral, em uma clara mudança de sentido em relação ao idioma de origem do termo. Muitos membros da comunidade acham o termo ofensivo por não concordarem com a distorção de sentido do mesmo e se recusam a ser chamados assim. O termo é normalmente utilizado apenas dentro da comunidade de fãs de animês e mangás e de falantes do idioma japonês, sendo portanto desconhecido para o grande público.

NO JAPÃO

A palavra otaku em japonês é, originalmente, um tratamento respeitoso na segunda pessoa (お宅 lit. seu lar).
Nos anos 80, passou a se usar o termo para se referir a fanáticos ou maníacos. O humorista e cronista Akio Nakamori observou que a palavra era muito utilizada entre fãs de animês e a popularizou por volta de 1989, quando a utilizou em um de seus livros. Este livro, M no jidai descrevia um assassino em série que se descobriu ser obcecado por animes e mangas pornográficos, e que recriava as histórias estuprando jovens garotas. A história foi inspirada em um assassino real, Tsutomu Miyazaki. Na época, criou-se um grande tabu em volta do termo e ele passou a ser usado de forma pejorativa para designar qualquer indivíduo que se torna obcecado demais em relação a um determinado assunto.
Com o tempo, surgiram diferentes "grupos" de otaku, que se identificavam de acordo com seus interesses em comum. Algumas delas são:
  • anime otaku (animação japonesa)
  • manga otaku (histórias em quadrinhos)
  • pasokon otaku (computadores)
  • gēmu otaku (videogames)
  • tetsudō otaku (miniaturas, como trens de brinquedo)
  • gunji otaku (armas e coisas militares)
  • auto otaku ou jidosha otaku (carros, em especial os kei-jidosha e demais modelos destinados ao mercado interno japonês)
Pode-se associar os otaku aos hikikomori quando a obsessão por um determinado tema atinge o seu ápice, culminando no isolamento do indivíduo em relação àquilo que não tem relações com o tema em questão e gerando os problemas psicológicos que caracterizam um hikikomori.
No ocidente, uma palavra com um sentido próximo seria maníaco ou fanático. As palavras maniakku ou mania (do inglês maniac) também são usadas do mesmo modo para pessoas que tem muito interesse, mas de uma forma mais amena e saudável: anime maniakku, gēmu mania, etc. Este uso seria equivalente à palavra no ocidente.
NO OCIDENTE

Nos Estados Unidos, o termo chegou em 1992 com o animê Otaku no Video (uma mistura de animê e documentário que mostrava a vida dos vários tipos de fanáticos em animação na época) e foi difundido pela revista informativa Animerica como um termo para identificar indivíduos fanáticos como aqueles retratados na animação supracitada. Assim como ocorreu com os trekkers, os otaku foram considerados uma subdivisão da subcultura nerd e o termo passou a ser usado de forma pejorativa, designando aqueles que são totalmente fanáticos por um elemento dessa subcultura — no caso, animação e quadrinhos japoneses. O termo foi se popularizando conforme os animês se popularizaram, e graças à Internet, o termo se espalhou pelo mundo, e pouco a pouco seu sentido foi modificado conforme se espalhava.
Mesmo que em muitos países o termo otaku seja usado como sinônimo para fã de animês e mangás, em muitos lugares ainda se utiliza o seu significado original, como por exemplo, na Austrália. É necessário certa cautela quanto ao uso do termo, pois a multiplicidade de sentidos que ela possui pode gerar conflitos desnecessários.
Visto que o termo pode ter teoricamente vários sentidos, o mais correto tanto gramaticalmente quanto linguisticamente seria manter o sentido original — no caso, japonês — do termo. A alteração de sentido por uso corrente só seria admissível quando o grande público tomasse conhecimento da existência e uso do termo e o adotasse em grande escala, um evento que ainda não ocorreu na esmagadora maioria dos idiomas no qual o termo foi introduzido nos últimos anos.
NO BRASIL
Este termo foi primeiramente introduzido no Brasil pelos membros da colônia japonesa existente no país (e em partes por alguns fans brasileiros de cultura japonesa que na época, alguns poucos destes sabiam da existência do termo), mas ficou restrito às colônias e ao seu sentido original (o tratamento respeitoso na segunda pessoa, literalmente sua casa ou sua família). Porém, o sentido mais novo foi introduzido na época da "explosão" de dekasseguis, ocorrida no final da década de 80, quando o termo já havia adquirido seu sentido pejorativo e o fluxo de dekasseguis do Brasil para o Japão se intensificou.
Porém, a popularização do termo, e em certa medida até mesmo dos animês e dos mangás no país se deu graças a primeira revista especializada de animes e mangás no Brasil — a Animax. Em tal revista utilizou-se provavelmente pela primeira vez a palavra otaku no mercado editorial brasileiro para agrupar pessoas com uma preferência por animação e quadrinhos japoneses. Como pôde ser percebido mais tarde, o significado original do termo e a visão pouco favorável que a sociedade japonesa tinha dos otaku não foi citada: o termo fora citado na Animax como sendo somente um rótulo utilizado por fãs de animês e mangás no Japão, e este foi o estopim da grande polêmica.
A omissão de explicações precisas sobre o termo e a posterior popularização de seu sentido já distorcido teve repercussões logo de início: fãs de animês mais velhos e membros da comunidade japonesa que conheciam o sentido original do termo otaku antes da popularização do mesmo foram os primeiros a protestar contra a popularização da distorção do significado da palavra, sendo prontamente rotulados de antiotakus, por supostamente "transformar o termo em algo pejorativo". As discussões sobre o termo dentro da comunidade de fãs de animês se iniciaram, sendo esta a primeira possível polarização aceitável como tal dentro da comunidade: muitos membros se denominavam como "fãs de animês" em tentativa de escapar do rótulo de otaku, por saberem do significado pejorativo que a palavra carrega e admitirem tal significado como o correto; enquanto outra parte se denomina prontamente como otaku e prega que não há sentido pejorativo na palavra.
As discussões continuam até o momento presente, em locais que vão desde fóruns especializados em animês e mangás a comunidades no Orkut, mostrando ainda um traço de polarização em relação ao termo e nenhuma conclusão em definitivo sobre o mesmo. Nos últimos anos, porém, é cada vez mais comum ver programas através dos meios de comunicação utilizando a palavra otaku em seu sentido alterado, posto que a grande maioria não conhece a história do termo, e são justamente estes que recebem mais atenção da mídia. Apesar disso, deve-se observar que linguisticamente deveria se utilizar a palavra em seu sentido original, como foi citado anteriormente no artigo.
A Novela "tragicômica": Densha Otoko - Originalmente uma lenda urbana que rondava o maior fórum de discussões do Japão, acabou sendo compilada em livro como uma comédia romântica de enorme sucesso, o que gerou um filme, um mangá e uma novela sobre essa história, além de ajudar a amenizar NO JAPÃO o termo, que pasosu a ser MENOS PEJORATIVO desde a conclusão da série original. Conta a história de um otaku que, para conquistar uma garota que ajudou no metrô, pretende aprender a se socializar e abandonar seus trejeitos de otaku. E a garota, por sua vez, gostou dele por seu jeito OTAKU, o que fez com que fosse mostrado o lado BOM dos otakus orientais.

SENTIDO PEJORATIVO: TSUTOMU MIYAZAKI

Acusado de seqüestrar e matar 4 jovens em Tóquio e Saitama, de 1988 a 1989. Declarou não ter muito interesse em seu próprio julgamento. Admitiu os seqüestros, mas para ele parecia estar num sonho. Depois declarou não se lembrar de nada. Os trabalhos da corte foram suspensos em 1993, para novo laudo psiquiátrico. O primeiro mostrou que sua condição psiquiátrica, apesar dos sinais de desordens de personalidade, ainda o mantinham responsável por seus atos. Um segundo teste contradisse o primeiro, sugerindo que sofria de múltipla personalidade e esquizofrenia.

"Tsutomu Miyazaki foi enforcado por mutilar e assassinar quatro meninas. Os crimes provocaram forte comoção no país." - 17/06/2008

Esta era a manchete que rolava em 2008, aproximadamente 20 anos após os crimes e o ocorrido, sobre o suposto "otaku", que, em seu caso isolado, e até hoje, no planeta inteiro, ÚNICO, de um "crime otaku". E foi considerado, simplesmente por causa da decoração feita em seu quarto, com posteres de desenhos japoneses hentais (pornôs) grudados nas paredes. Erroneamente, foi quando muitas pessoas começaram a acreditar que ser "ottaku" era uma doença transmissível pelo ar, pela presença e por troca de palavras. Preconceito rolou em cima dos otkaus por muito tempo, e, foi comprovado que Tsutomu jamais foi um otaku, simplesmente tinha desejo por estuprar, violentar, e matar. Com isso, comprova-se, DEFINITIVAMENTE, que ser OTAKU (em qualquer sentido que seja, oriental ou ocidental) não é xingamento, e muito menos pejorativo de verdade, significaria apenas "Fã" de alguma arte, alguma coisa específica.

Nesta notícia do ano de 2008, traduzida, dizia o seguinte:
O japonês Tsutomu Miyazaki, conhecido como o "monstro de Saitama", foi executado nesta terça-feira (17) na forca no Japão por seqüestrar, mutilar e assassinar quatro meninas de 4 a 7 anos entre 1988 e 1989, informou a agência de notícias japonesa "Kyodo".
O Ministério de Justiça japonês confirmou o enforcamento de Miyazaki, cujos crimes no final dos anos 80 criaram uma forte comoção no Japão.
Tsutomu Miyazaki foi condenado pela Corte Suprema à pena de morte em janeiro de 2006 após um processo que durou 16 anos, no qual foram revisadas várias vezes suas condições mentais.
Segundo o juiz Tokiyasu Fujita, Miyazaki matou quatro meninas, duas de 4 anos, uma de 5 e uma quarta de 7, "para satisfazer seu próprio desejo sexual e seu apetite de possuir fitas de vídeo nas quais gravava cadáveres".
Foi preso em 1989
Miyazaki foi detido em julho de 1989 por outro caso que incluía abusos sexuais a uma menina do oeste de Tóquio. Ele confessou, então, o seqüestro e estrangulamento das outras pequenas, crimes cometidos em um período de 10 meses.
Antes de ser detido, em fevereiro de 1989, chegou a enviar à família de uma das menores uma carta na qual lhes avisava de seu assassinato, e pouco depois lhes enviou os restos da menor.
O número de reclusos executados no Japão desde dezembro do ano passado subiu para 13, o maior em tão curto período de tempo desde que em 1993 o país resgatou a pena capital.
Uma informação mais detalhada sobre a história de Miyazaki:
Miyazaki diz não estar arrependido de seus crimes, até o fim. De fato, escreveu uma carta ao Kyodo News pouco antes da Suprema Corte Japonesa sentenciá-lo á morte, clamando que ele ahvia feieto "uma coisa boa". Em concordância com um de seus advogados de defesa, Miyazaki estava até animado de estar á caminho da morte, porque isso pôde deixá-lo ler quadrinhos infantis americanos o dia inteiro.

No final das contas, por causa de UM INDIVÍDUO, muitos acabam pagando o pato! Mas, depois, com uma novela que mostra melhor o lado dos otakus, tudo se ameniza. E o público otaku brasileiro só aumenta a cada dia, e se torna o maior número significativo para redes de televisão e internet.

Com o crescimento deste público, os OTAKUS, a televisão vem aumentando o número de críticas e sugestões criativas para que melhore a programação, ao invés de programas repetitivos e falta de qualidade. Ao que tudo indica, falta apenas ter especialistas nos assuntos, o que é algo que está faltando em qualquer rede televisiva. O público otaku é tão diferente, que, para agradar, só tendo otakus dentre os técnicos e especialistas mesmo. E o interessante é que geralmente, as idéias que um otaku colocaria na televisão, melhoraria a qualdaide não apenas aos otakus, mas, ao resto dos outros estilos e grupos TAMBÉM!

Qualidade acima de tudo! OTAKUS 4 EVER!

YATTA!

bye-Q!

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