quinta-feira, 14 de junho de 2012

Galáxias se conectam através de um túnel de gás

Duas galáxias próximas à nossa possuem um túnel de gás hidrogênio que dá a impressão de que elas estão conectadas. O par é formado pela galáxia de Andrômeda, ou M31, e a Triangulum, ou M33, há 2,6 e 3 milhões de anos-luz de nós, respectivamente. De acordo com os cientistas, a estranha formação provavelmente surgiu com o encontro das duas, há alguns bilhões de anos. Pesquisas de 2004 foram muito criticadas quando os cientistas comentaram a ligação entre os gases das duas galáxias, que pode indicar como elas se formaram. Pelo jeito, oito anos depois, os astrônomos estavam certos. As galáxias não precisam se chocar para criar esse efeito. Basta que passem perto uma da outra e o gás acaba arrastado pelo espaço intergaláctico. “Nós imaginamos que o gás hidrogênio que vemos entre a M31 e a M33 é a sobra de uma cauda que se originou durante um encontro próximo, provavelmente há bilhões de anos”, afirma o pesquisador Spencer Wolfe. “O encontro tem que ter ocorrido há muito tempo, porque nenhuma das galáxias mostra evidência de perturbações”. A ideia agora é continuar o estudo desse “link” intergaláctico, que é muito sutil e depende da potente tecnologia de telescópios de rádio. A partir desse estudo, os cientistas podem descobrir mais sobre esse tipo de acontecimento e a formação dessa dupla espacial, em particular. [LiveScience]

Internet foi ‘inventada’ em 1934?

A internet – o conceito de internet, claro, não a World Wide Web (WWW) como a conhecemos e utilizamos – parece ter sido inventada há quase um século, em 1934, pelo belga Paul Otlet. A ideia do sujeito era conectar o mundo com os fios e ondas de rádio para mais do que apenas novelas e falação de radialistas. Digamos que sites como Wikipédia e Google estavam na cabeça dele, já naquele tempo. Na imaginação do inventor, a internet seria usada para conectar o mundo a uma grande livraria, e as informações e páginas seriam passadas através de ondas de rádio, pelos fios. Isso substituiria a necessidade do livro físico – que é o que nossos sites, tablets e iPods fundamentalmente fazem. Obviamente o que usamos é um tanto diferente, tendo como origem mais direta um grupo de cientistas que trabalhava para o exército americano durante a década de 60. A lembrança do visionário Otlet veio no último Festival Mundial da Ciência, em Nova York. Outra discussão interessante foi a comparação entre a inteligência do Google e um rato, feita pelos cientistas Yann LeCun e Josh Tenenbaum. Apesar de todo o crédito dado ao site de pesquisas e à própria internet, nós não estamos nem perto de uma “inteligência artificial”. Isso porque nossa tecnologia ainda não é capaz de pensar (bem) por conta própria, nem compreender, e sim apenas fazer o que é programada, por comandos de teclas ou de voz. De acordo com os pesquisadores, mesmo o nosso mais poderoso supercomputador tem a inteligência próxima a de um inseto. Estamos ainda bem longe dos ratos. Mesmo robôs equipados com aparatos de reflexão ainda não são confiáveis. Eventualmente o seu sistema de inteligência artificial acaba se mostrando falho. Os pesquisadores comentaram o exemplo de um robô treinado para identificar objetos ao seu redor. Mas volta e meia ele classificava um ser humano como uma árvore. Para finalizar, eles compararam a grandeza do cérebro humano com os nossos computadores mais modernos. Nossa “máquina” faria cerca de um quintilhão de operações a cada segundo. Para que você consiga visualizar esse número: 1,000,000,000,000,000,000. Os palestrantes afirmaram que, da maneira como estamos evoluindo hoje, talvez tenhamos computadores com essa capacidade entre 30 e 100 anos. [TechNewsDaily]