Ovnis,Ufos,Sociedades Secretas, Mensagens Subliminares,Area 51, Espionagem Mundial,Mutação Biologica,Farça Histórica, Mundos Subterraneos
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Transistores, ciborgues e imortalidade
DO TRANSISTOR AO CIBORGUE
Descobertas recentes no campo da bioeletrônica indicam que a tão esperada interface neuronal entre a mecatrônica e a biônica já foi encontrada. Entre outras implicações o termo “ciborgue” deixa de frequentar os livros de FC e se torna um expediente corriqueiro na ciência médica.
Para exemplificar essa tese vamos abordar o recente artigo da Nature “Logic gates based on ion transistors” dos pesquisadores Klas Tybrandt, Robert Forchheimer e Magnus Berggren que numa tradução livre leríamos: “Portas lógicas fundamentadas em transistores iônicos”.
PORTAS LÓGICAS
Quando mencionamos portas lógicas estamos geralmente nos reportando a microprocessadores como estes que figuram em nossos computadores e smartphones. Grosso modo estamos nos referindo a circuitos eletrônicos capazes de realizar operações lógicas de acordo com a álgebra booleana.
Com o avanço da tecnologia dos semicondutores foram criados microcircuitos compostos por milhares (e mais recentemente milhões) de componentes discretos como resistores, indutores, capacitores e transistores capazes de realizar tais operações e que correspondem ao “coração” e ao “cérebro” de nossa eletrônica.
Evidentemente se destaca nos circuitos lógicos a ação do transistor (que alguns chamam de transístor devido à pronúncia anglófona). Tal componente pode atuar como uma válvula que controla o sentido e a vazão das cargas elétricas. Nesse controle de vazão, podemos intuir a redução e também – o que é mais significativo – o aumento do fluxo de cargas, correntemente denominado em jargão técnico “ganho de sinal”, coisa fácil de ser observada nos amplificadores de áudio.
Enfim, todos esses componentes, do resistor ao transistor, funcionam pelo princípio da condução ou não-condução de cargas elétricas, tais como “elétrons” (portadores de carga negativa) e “lacunas” ou “holes” (portadores de carga positiva); tudo isso percorrendo a trama intricada de cristais de silício “dopados” com impurezas controladas que fazem variar sua condutividade e/ou resistividade.
TRANSISTOR IÔNICO
Em nossas aulas de Química aprendemos que existem partículas formadas por um ou mais átomos que podem portar carga positiva ou carga negativa. São denominadas íons.
Os íons estão presentes em diversos materiais: por exemplo, na água que bebemos, no soro fisiológico, no plasma sanguíneo e também no citoplasma de cada célula dos seres vivos, sejam animais ou vegetais.
Aliás, é através de correntes iônicas que se dá o comportamento elétrico de nosso sistema nervoso.
Pois bem, em 2010 foi criado pelo trio de cientistas citados no início deste artigo, um transistor que funciona pelo mesmo princípio. Ou seja, ao invés de se fundamentar em correntes elétricas portadas por elétrons e lacunas, como ocorre nos transistores de silício, esse transistor iônico opera com correntes de íons, seguindo princípio análogo ao que se dá em um neurônio, por exemplo.
Criado o transistor iônico, o próximo passo foi dado: a criação de processadores lógicos (chips) que utilizam estes transistores iônicos.
Quais as implicações?
São inumeráveis. Desde a criação de computadores orgânicos, menores, mais rápidos, mais baratos e mais duráveis até o desenvolvimento de supermedicamentos com ação inteligente e próteses bioativas perfeitamente controladas pelo cérebro.
Numa palavra:
CIBORGUE.
Usada aqui com o conceito literal de sua concepção, um pouco aquém do que preconiza Ray Kurzweil.
Todos sabemos que o termo “ciborgue” cunhado por Manfred E. Clynes e Nathan S. Kline em 1960 é um aportuguesamento de “cyborg” que deriva da junção das palavras inglesas cyber(netics) organism, ou seja, “organismo cibernético”.
É empregado atualmente para se referir a todo organismo vivo com implantes artificiais ativos. Uma fusão harmônica entre o material natural “vivo” e o material sintético.
IMORTALIDADE?
Muitos pesquisadores consentem em antever um futuro (talvez não muito distante) no qual se possa prolongar a vida indefinidamente, algo que tangencia mais uma vez a ficção científica – a tão sonhada imortalidade.
Seja pela tecnologia da célula tronco, seja pela tecnologia dos transistores iônicos, pelas quais de forma isolada ou combinada se torne exequível substituir partes de nosso corpo que não mais funcionam ou foram perdidas ou até melhorar as que já existem, incluindo agora o próprio cérebro.
A comunidade científica considera tudo isso uma boa notícia. E você meu caro leitor? O que pensa a respeito?
-o-
[Fonte: Logic gates based on ion transistor]
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário