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quinta-feira, 17 de maio de 2012
Bloop
“Bloop” é o nome dado a um sinal subaquático de frequência ultrabaixa detectado pela agência federal norte-americana National Oceanic and Atmospheric Administration, várias vezes durante o verão de 1997. A origem do som permanece desconhecida. De acordo com a descrição da NOAA, ele “aumenta rapidamente em frequência durante cerca de um minuto e era de amplitude suficiente para ser ouvido em múltiplos sensores, em um raio de mais de 5.000km.” De acordo com os cientistas que estudaram o fenômeno, ele se encaixa no perfil de áudio de uma criatura viva, porém não existe nenhum animal conhecido que pudesse ter produzido esse som. Se o som veio de um animal, de acordo com o relatado ele deveria ser várias vezes maior do que o maior animal da Terra. Leviatã? Escute o som do “bloop” clicando no vídeo abaixo:
http://apod.nasa.gov/apod/ap100427.html
Mistério da Planície dos Jarros
LAOS - Neste país asiático localizado na região chamada Indochina, a planície de Xieng Khouang é conhecida como A Planície dos Jarros. O nome procede. Ali a paisagem é dominada por uma estranha coleção de gigantescos jarros de pedra; pedra constituída de arenito, granito e coral calcificados. O lugar também é chamado de Stonehenge asiática.
Mistério fascinante para arqueólogos e outros cientistas, o local foi descoberto no final dos anos de 1920. Os vasos pesam até 13 toneladas e têm entre 1 a 3 metros de altura. Foram datados em cerca de 200 anos a 300 anos passados e seu propósito é completemente desconhecido dos estudiosos. [Há quem diga que os jarros têm milênios de idade].
A arqueóloga francesa Madeleine Colani que estuda há algum tempo o enigma da planície acredita que esses megalitos foram confeccionados/modelados por uma civilização ou nação já extinta e que os jarros, possivelmente, foram usados como crematórios não se sabe exatamente de quê. A arqueóloga ainda chama a atenção para o fato deque os jarros estão dispostos segundo um padrão que segue uma antiga rota de comércio.
A Planície dos Jarros é bastante vasta porém nem todas as áreas são abertas ao público. Infelizmente, o sítio arqueológico, embora remoto, não escapou da guerra do Vietnã. Durante os anos de 1960 e 1970, o Laos foi o país mais bombardeado do mundo. Muitas das gigantescas peças foram danificadas. Crateras foram abertas na planície e, pior, muitas das bombas lançadas, não explodiram e são um perigo para visitantes, um perigo que só não é maior do que o das minas terrestres que também infestam, silenciosas e letais, enterradas, o subsolo da região.
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Jack, o Estripador pode ter sido uma mulher
No distrito de Whitechapel, em East End, Londres, cinco prostitutas foram assassinadas no outono de 1888. A assinatura de uma carta recebida durante a onda de assassinatos deu um nome ao monstro que supostamente os cometeu: Jack, o Estripador.
O médico da Rainha Vitória Sir William Gull, o pintor impressionista Walter Sickert, o criador de “Alice no País das Maravilhas” Lewis Carroll, o pai de Winston Churchill Lord Randolph, o príncipe Albert Victor, Duque de Clarence, filho mais velho do futuro Eduardo VII e segundo na linha sucessória do trono, o comerciante de algodão James Maybrick, o advogado Montague John Druitt e Elizabeth Williams.
O que todas essas pessoas têm em comum, famosas ou não? Todas foram suspeitas de terem sido Jack, o Estripador. Mais de 100 homens já foram acusados dos assassinatos, mas, pela primeira vez, uma mulher está na mira dos estudiosos.
A polícia nunca foi capaz de capturar Jack. Mesmo depois de mais três anos de investigação, sua verdadeira identidade permanecia um mistério e o caso foi oficialmente encerrado em 1892.
A mídia falou muito desse serial killer. Mesmo hoje, ele ainda é um “ícone” de um gênio do mal que conseguiu passar despercebido. Tantos livros e filmes sobre ele foram escritos que ninguém sabe mais o que é verdade e o que é ficção. Todo um ramo de estudo – Estripadologia – foi criado para tentar decifrar a matança das prostitutas, cenas agressivas, em que até mesmo seus úteros foram resolvidos (reza a lenda que os úteros de três mulheres foram retirados).
Mary Ann Nichols, Annie Chapman, Elizabeth Stride, Catherine Eddowes e Mary Jane Kelly, todas prostitutas de East End, foram mortas pelo Estripador. Ou Estripadora?
Elizabeth “Lizzie” Williams, nascida em 7 de fevereiro de 1850, morreu em 1912 sem nunca ter sido questionada pela polícia. Seu marido, John Williams, tinha uma clínica de aborto em Whitechapel e foi considerado um suspeito na época dos assassinatos.
Segundo o livro “Uncle Jack” (“Tio Jack”, em tradução literal, 2005), diz que John era obstetra da família real britânica, e conhecia as vítimas pessoalmente. Ele teria matado e mutilado as prostitutas em uma tentativa de investigar as causas da infertilidade. Mas o livro possui falhas e falta comprovação para algumas afirmações (como de que ele conhecia todas as vítimas).
Parece que John foi descartado pela polícia porque estava trabalhando durante os assassinatos. E porque sua mulher se tornou alvo de suspeita agora?
O caso Lizzie Williams
Um livro recentemente lançado, “Jack The Ripper: The Hand Of A Woman” (“Jack, o Estripador: A Mão de Uma Mulher”, em tradução literal), de John Morris, um ex-advogado irlandês, propaga a ideia de que Lizzie matou as cinco mulheres num frenesi descontrolado de raiva.
Ela estava presa em um casamento ruim por causa de dinheiro, e não podia ter filhos. Eis a sugestão de que ela tenha matado as mulheres por inveja, e retirado seus úteros. Também, John Morris diz que o marido de Lizzie estava tendo um caso com Mary Jane Kelly, e por isso ela foi a última a ser morta, encerrando o ciclo de assassinatos, no fim do qual Lizzie teria tido um “colapso nervoso”.
Morris aponta como “provas” de que Lizzie era o Estripador o fato de que as mulheres não foram estupradas ou atacadas sexualmente (mas isso não quer dizer nada, afinal, existem homens serial killers que matam mulheres, mas não as estupram), e também os sinais de que havia uma mulher nas cenas dos crimes.
Por exemplo, três pequenos botões de uma bota de uma mulher foram encontrados próximos ao sangue de Catherine Eddowes, e restos de roupas femininas – uma capa, saia e chapéu – foram encontrados nas cinzas da lareira de Mary Kelly. Essas roupas e botões não pertenciam as vítimas. Morris também afirma, de acordo com relatórios da mídia, que itens pessoais foram deixados aos pés de outra vítima, Annie Chapman, dispostos de “uma forma tipicamente feminina”. Também, o legista Wynne Baxter disse no seu inquérito: “A conclusão de que o desejo era possuir a parte (do corpo) em falta parece esmagadora”.
“As evidências para uma assassina são enormes, mas infelizmente as pessoas não se sentem bem porque a teoria voa na cara de antigas crenças”, disse Morris. “Não há absolutamente nenhuma dúvida que o Estripador era uma mulher. Mas, porque todo mundo acredita que o assassino era um homem, toda a evidência que aponta para uma mulher tem sido ignorada”, complementa.
Muitos estripadorólogos não concordam. Um dos principais experts no caso do Estripador, Paul Begg, que já escreveu vários livros sobre o assunto de sua identidade, acha o caso de Lizzie Williams fraco. “O livro original [“Uncle Jack”] colocando John Williams como suspeito era ruim, mas este é ainda pior”, disse Begg.
124 anos depois da famosa série de assassinatos, Jack, o Estripador é um assunto atual. Caso encerrado? Muito longe disso.[LiveScience, DailyTelegraph, Express]
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