sábado, 6 de agosto de 2011

Expedição encontra ''OVNI'' no fundo do mar

São Paulo- Equipe de exploração marítima sueca divulga estranha imagem captada em um sonar no dia 19 de junho.

A Ocean Explorer alega ter encontrado a estranha anomalia a 87 metros de profundidade, entre a Suécia e a Finlândia.

As fotos rapidamente se espalharam. Na falta de um nome apropriado, o objeto “marinho” não identificado está sendo descrito por muitos como um OVNI (o que pode ou não ser verdade, uma vez que não se sabe se o objeto é ou não “voador”).

Na imprensa e na internet, muitos tentam encontrar explicação para o que é este disco de 18 metros de diâmetro que apresenta uma estranha trilha de 300 metros, como se tivesse se locomovido no fundo do mar. A forma, segundo alguns, lembra bastante a da nave Falcon, de Star Wars.


Fotos divulgadas pela expedição mostram as imagens feitas com sonar. Abaixo, ampliado, o objeto de 18 metros de diâmetro e a trilha de 300 metros que teria deixado (ressaltados em vermelho)

Em um vídeo divulgado no YouTube, a equipe da expedição diz que, em anos de exploração, seu líder Peter Lindberg nunca viu imagens como estas. No entanto, Lindberg e a Ocean Explorer não são caçadores de ETs, Ovnis ou afins.

Os exploradores buscam restos de embarcações no oceano – em 1997, por exemplo, ganharam fama ao encontrar os destroços de um navio chamado Jonkoping. Dentro dele, havia um carregamento de bebidas valioso: no ano passado, cada garrafa de Heidsick Monopole Gout Americain, safra 1907, foi vendida a US$13 mil.

No mesmo vídeo, eles alegam que não têm interesse em descobrir do que se trata o objeto- apenas divulgaram as imagens curiosas que captaram. Os custos da expedição não compensariam uma exploração no local e, segundo eles, “cabe ao mundo decidir o que é isso”.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Tampão da Terra Oca

Uma das teorias mais extravagantes para explicar os OVNIs, afirma que o planeta Terra é oco, aberto nos pólos e que os discos voadores vêm de civilizações subterrâneas.



Agora, surgiu algo "estranho" na Groelândia: um tampão amarelo que nos remete a teoria da Terra Oca! Confira as imagens geradas pelo Google Earth:





Não acredita? Insira as coordenadas 70 33′ 07.67″N, 40 02′ 17.71″ W no Google Earth e veja com seus próprios olhos!

Teoria da Terra oca

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Por Terra oca entende-se um conjunto de teorias desenvolvidas ao longo da história que propõem ser a Terra uma estrutura oca.

As primeiras formulações científicas sobre o tema datam do século XVII, pelo astrônomo britânico Edmond Halley, que propunha um planeta formado por camadas concêntricas e espaçadas entre si. Nos séculos seguintes, a tese serviu de base para o enredo de diversas obras esotéricas e literárias. Entre as teorias filiadas a essa linha de pensamento, uma das mais conhecidas é a que propõe à Terra um interior habitado por animais superiores, como mamíferos, aves e répteis, com entradas para esse lado interno localizadas nos pólos terrestres.

Antiguidade


Nas antigas crenças, mundos ocultos sob a superfície da Terra sempre tiveram destaque. Budistas da Ásia central acreditavam num Reino de Agartha, um labirinto subterrâneo que abrigava populações de continentes extintos. Ali, seu líder sagrado, o "Rei do Mundo", comandava esse centro de progresso intectual, de razão desenvolvida e conhecia todas as forças da Terra, lia todas as almas, conhecia todos os destinos.

Na antiga Assíria-Babilônia, o legendário Gilgamesh teria conversado com um amigo morto sobre um mundo interior. Os antigos gregos também especularam sobre as profundezas da Terra. Aí tivemos o mito de Orfeu e Eurídice, dos mortos no reino de Hades, das crenças de Homero sobre um mundo subterrâneo, do Deus que se assentava sobre o "umbigo do mundo" em túneis interiores concebidos por Platão. Egípcios acreditavam num infernal reino subterrâneo, algo como a tradicional crença cristã.

Halley e Euler


Com a ciência substituindo as lendas, no século XVII, já havia especulações com base científica sobre um mundo interior ao nosso planeta. O astrônmo Edmond Halley, visando explicar certos fenômenos estranhos no Campo magnético terrestre, considerou que a Terra tivesse uma casca externa e um núcleo interno separado, cada um com seu próprio campo magnético. Estudos ulteriores de Halley levaram-no a apresentar à Real Sociedade de Londres, em 1692, seu estudo final que propunha a existência de três planetas concêntricos interiores à crosta terrestre, corpos do tamanho de Vênus, Marte e Mercúrio.

Adaptando essa teoria às crenças religiosas, Halley imagionou a existência de seres vivos nesses planetas interiores, sendo que a luz para esses seres provinha da atmosfera interior que era luminosa, sendo que a Aurora Boreal era consequência do escoamento dessa luminosidade pela fina camada polar. Essas teorias não foram refutadas no século XVIII, mas modificadas, como, por exemplo, por Leonhard Euler que considerou que no interior da Terra havia um único Sol que provia iluminação e aquecimento a uma extremamente desenvolvida civilização que vivia no interior da crosta terrestre. Ao final do século XVII, o matemático escocês Sir John Leslie concluiu que, em verdade, eram dois os sóis interiores, cujos nomes eram Plutão e Proserpina.

Symmes


John Clives Symmes, militar americano nascido em Nova Jersey, apresentou em 1818 sua teoria sobre o planeta Terra, dizendo que o mesmo era oco e habitável por dentro, possuindo internamente diversas esferas sólidas concêntricas. Havia aberturas na crosta externa da terra, de 12º a 16º em ambos os polos. Symmes detalhou isso em publicações subsequentes, mostrou atestados de sanidade mental e de seu caráter assinados por autoridades diversas. Convocou 100 homens para partir da Sibéria no outono, com rena e trenós, e chegar até o 1º ao norte do Paralelo 82 N e, aí, entrar no interior do planeta, local quente, fértil, como muitos e normes animais e vegetais. Essa expedição não ocorreu.

Symmes foi sempre ridicularizados em suas ideias. Apresentou diversas argumentações científicas e até religiosas para defender sua teoria. Segundo ele, a nossa Terra conhecida apresentava duas aberturas circulares de diâmetro 6.500 km no Polo norte e de 10 mil km no Polo sul. Essas aberturas se inclinam suavemente para o interior da terra e a crosta tem uma espessura de 1.600 km. O cientista conquistou alguns fiéis apoiadores, como Jeremiah N. Reynolds (editor de jornal de Ohio), um rico cidadão de Ohio, James McBride e um Senador de Kentucky, Richard M. Johnson, que propôs apoio do governo para uma expedição de Symmes ao Polo.

Symmes escreveu um livro, Symzonia: Viagem de Descoberta sob pseudônimo de Adam Seaborn, onde narrava as glórias que sonhava alcançar. O Congresso autorizou a viagem de Symmes em 1828, por campanha intensa de Jeremiah Reynolds. O presidente John Quincy Adams apoiou a expedição, mas essa não interessou ao sucessor Andrew Jackson, presidente a partir de 1929, ano em que Symmes faleceu. Reynolds sucedeu Symmes nessa busca, participou em expedição aos Mares do sul, a qual talvez houvesse inspirado a obra Moby Dick de Herman Melville. Continuou a insistir na expedição visada por Symmes, a qual somente veio a ocorrer 10 anos depois da morte do visionário Symmes, sob o comando de Charles Wilkes. Reynolds não teve permissão para participar e nos 4 anos dessa viagem nada foi confirmado quanto às ideias de Symmes.

Koresh


Cyrus Read Teed (1839 - 1908), médico herborista norte-americano e combatente da Guerra Civil Americana, elaborou uma completa e surpreendente teoria sobre o interior da Terra. Em seu livro intitulado A Cosmogonia Celelar, ou a Terra: uma Esfera Côncava, numa revelação científica e religiosa, Teed, sob o pseudônimo Koresh (Hebraico para Cyrus), defendeu a ideia de que a humanidade vive, não na superfície externa da esfera "Terra, mas em seu interior, na superfície interna dessa esfera..

Fora da esfera há um vazio. No centro da esfera fica o Sol que gira e, sendo metade luz, metade escuridão, dá impressão de anoitecer e de amanhecer. A lua é um reflexo na superfície oposta interna da própria Terra e as Estrelas e Planetas são luzes refletidas em painéis metálicos sobre a superfície côncava da esfera. O grande espaço interno contém uma densa atmosfera que impede a visão das terras no outro lado da face interna terrestre.

Essa estranha concepção de uma inversão geométrica era difícil de ser matematicamente refutada, tendo Teed ("Koresh") oferecido 10 mil US$ a quem pudesse fazê-lo. Ninguém na época ousou refutar tal teoria, a qual, conforme Koresh, significava conhecer Deus e sua obra. O visionário Teed criou uma Igreja, o Koreshanismo, estabeleu em Chicago a chamada Escola Mundial da Vida e passou a publicar a revista The Flaming Sword que existiu até 1949. Discípulos lhe davam donativos e ele comprou em 1894 um terreno de 120 hectares em Fort Myers, Flórida onde fundou a comunidade Unidade Koreshana.

Essa comunidade pretendia abrigar 10 milhões de adeptos, mas não mais que 250 fervorosos seguidores ali se estabeleceram. Teed Koresh morreu em 1908 e os seguidores ficaram de vigília junto a seu corpo aguardando a prometida ressurreição. Após 4 dias de espera infrutífera, as autoridades de saúde locais determinaram o sepultamento. Seu corpo foi depositado num enorme Mausoléu com guardiães a protege-lo 24 horas por dia até que fosse destruído por um furacão em 1921. A sede da comunidade foi transformada no Sítio Histórico do Estado Koreshano em 1961, onde discípulos de Koresh trabalharam como guias turísticos até a morte do derradeiro deles em 1982.

Reed e Gardner


No século XX, com muitos exploradores vasculhando toda a superfície do planeta, era improvável a sobrevivência de ideias sobre um mundo interior à Terra. Mesmo assim, dois novos defensores da teoria apareceram, William Reed e Marshall Gardner, apresentando forte argumentação. Sua motivação foi uma série de descobertas de anomalidades relatadas por exploradores dos polos. Conforme Fridtjof Nansen, político e explorador norueguês, o ar e a água se tornavam mais quentes nas proximidades do Polo Norte, o que parecia ser causado por ventos quentes vindos do extremo norte do planeta. Outros viajantes relatavam presença de neve multicor nas proximidades do polo boreal, outros falavam de correntes quentes e acerca da presença de vida silvestre abundante e animais (aves, mamíferos e muitos mosquitos) bem alimentados nas regiões mais setentrionais da terra.

Em 1846 foi descoberto um Mamute-lanoso, animal há muito extinto, congelado na Sibéria. A criatura apresentava no estômago sinais de uma última refeição, pinhas a abetos. Cientistas deduziram na época que houvesse ocorrido um congelamento súbito em épocas remotas. Para outros, o Mamute vivia recentemente em terras quentes e amenas nas proximidades do polo norte. Em 1913, Gardner publicou o livro Uma Viagem ao Interior da Terra, ou Foram os Polos Realmente descobertos e apresentou uma explicação para a estória do animal supostamente extinto: os Mamutes viveriam e se deslocariam no interior do planeta e por vezes aflorariam à superfície nas proximidades do polo, ficando congelados. Por sua vez, Reed escreveu a obra O Fantasma do Polos e explicou que a neve colorida de verde, vermelho, amarelo seria causada por pólen de vegetais e a cor preta se deveria a cinzas de vulcões, causas oriundas de um mundo interior à Terra. O aquecimento das águas era explicado por Reed e Gardner como causado por aberturas que ligavam as superfícies interna e externa da terra, como nas ideias de Symmes.

Reed defendia a hipótese de que a crosta terrestre tinha espessura de 1.300 km e que a gravidade atraía para os pontos médios da espessura, não para o centro da esfera terrestre. Desse modo viajantes navegariam sobre a borda das aberturas polares sem perceber que entravam e saíam do interior do planeta. Dizia ainda que quase todos os exploradores dos polos já haviam passado pelas bordas e entrado na superfície interna da terra. A luz da área interior viria no nosso Sol externo e entraria pelas aberturas polares. A Aurora Boreal seria originada pelo reflexo de vulcões e incêndios no mundo interior. Reed ansiava conhecer o interior do planeta com seus vastos continentes, montanhas, rios, rica vida vegetal e animal, oceanos. Tudo isso poderia ser habitado e explorado economicamente pela população exterior, caso já não fosse já habitado.

Para Gardner, o interior do planeta seria iluminado por um Sol central com cerca de mil quilômetros de diâmetro, oriundo da nebulosa que havia originado a Terra. Declarava ainda que o mesmo ocorria com Marte e que os reflexos dessa luminosidade interior da Terra geravam a Aurora Boreal e a Austral. Gardner acreditava também que os Esquimós deveriam ser originários do mundo interno ao planeta. Defendia a exploração econômica, com a mineração de ouro, platina e diamantes, dessa área.

Ambos, Reed e Gardner, foram ridicularizados sistematicamente por leigos e pela a comunidade científica, que comparava suas suposições com as ideias do tipo "a Terra é plana". Os dois defensores da Terra Oca citavam algumas autoridades que os apoiavam, como um certo Prof. Schimidt de Stuttgart e o Prof. Sjogren de Estocolmo e, nem mesmo as viagens e descobertas dos exploradores dos polos e de áreas desconhecidas da terra, como Robert Peary, Roald Amundsen, James Cook e Robert Falcon Scott, os convenceram. Diziam que um dia suas hipóteses seriam confirmadas.

Olaf Jansen


Um navegador norueguês que vivia em Glendale, Califórnia, de nome Olaf Jansen, aos 95 anos de idade contou ao escritor Willis George Emerson uma incrível estória supostamente real que lhe ocorrera na juventude. Emerson escreveu um livro, "O Deus Brumoso", contando essa experiência de Jansen.

Jansen era adolescente em 1829, quando ele e o pai navegavam numa chalupa rumo às ilhas da Terra de Francisco José, bem ao norte do Círculo Ártico. Colhidos numa tempestade, foram ambos lançados, através de muita bruma, num local calmo, sem nuvens e provido de um sol nevoento. Haviam adentrado num mundo interior cujos nativos adoravam aquele estranho sol alaranjado e flamejante, chamado de Deus Brumoso. Os habitantes eram uma raça de benévolos gigantes de 3,5 metros de altura.

Olaf e o pai estiveram numa cidade portuária ornamentada com ouro, cercada por vinhedos e numa floresta de gigantescas árvores. Viram e comeram uvas do tamanho de laranjas e num trem velocíssimo foram à cidade de Eden onde, num palácio de ouro cravejado de pedras preciosas, encontraram o Sumo-Sacerdote. Viveram ali durante dois anos e meio e depois, sendo-lhes permitido voltar, partiram num barco, levando pepitas de ouro, voltando ao mundo exterior por uma abertura no Polo Sul. O pai de Jensen morreu quando no Oceano Antártico um Iceberg atingiu a embarcação, mas Olaf foi salvo por um baleeiro escocês.

Jensen citava argumentos de Reed e Gardner, como irregularidades magnéticas, pólen nos ventos dos polos, restos de mamutes na Sibéria, para corroborar a veracidade de sua história. Acreditava também que um grupo de exploradores suecos desaparecidos no Ártico em 1897 vivessem no mundo "Atlântico interior" aos cuidados dos gigantes bondosos.

Literatura


Na segunda metade do século XIX e no início do XX surgiram obras literárias inspiradas na crença de um mundo interior ao nosso planeta, tais como:.

  • Com provável inspiração nas lutas de 'Reynolds em defesa das idéias de Symmes, Edgar Allan Poe, conhecido por sua obra de literatura fantástica, escreveu o conto "Manuscrito encontrado numa garrafa e o romance "A Aventura de Arthur Gordon Pym de Nantucket, nos quais há relatos de navios tragados por um abismo próximo ao polo sul.
  • Julio Verne, autor de famosas obras de fantasia futurística, escreveu Viagem ao Centro da Terra, narrativa de uma viagem feita por um professor alemão de mineralogia e seu sobrinho por sob a Europa. A entrada num fantático mundo subterrâneo foi por um vulcão extinto da Islândia e a volta ao nosso mundo exterior foi pela erupção de um outro vulcão, esse na ilha de Stromboli, norte da Sicília.
  • O autor de "Os Últimos dias de Pompéia", Edward Bulwer-Lytton escreveu nos anos 1870 o livro A Raça Invasora, descrevendo uma viagem a um mundo interior, subterrâneo, onde vivia uma raça de super-homens, os Vryl-ia. Tratava-se de uma sociedade perfeita, organizada ao extremo, pacífica, sem vícios, sem crimes, onde todos viviam mais de 100 anos, todos eram iguais e livres, com saúde perfeita, dotados de muitos máquinas para executar as mais diversas tarefas.
  • Willis George Emerson, escritor americano, publicou em 1908 o livro O Deus brumoso, ou uma Viagem ao Mundo Interior escrito com base numa narrativa fantasiosa do navegador norueguês Olaf Jansen, já citado acima.
  • A mais conhecida e impressionante personagem do mundo fantástico e aterrorizante do autor americano H. P. Lovecraft, Cthulhu, emerge de uma abertura no Oceano Pacífico, despertando de seu sono num mundo subterrâneo.

Nazismo


Com a era dos Ditadores, a partir dos anos 30, e a consequente Segunda Grande Guerra, houve um crescimento do obscurantismo. Isso, aliado à interrupção nas explorações aéreas das regiões polares, fez resnascer crenças sobre a Terra Oca. O Nazismo de Adolf Hitler adotou com simpatia as ideias de Koresh, que se haviam tornado populares com as especulações do conhecido piloto alemão da Primeira Grande Guerra, Peter Bender. Além disso, foi criada a Sociedade Vril, Loja Lumonisa que defendia o livro de Lord Lytton, A Raça Invasora, como sendo uma estória verdadeira.

A organização Antissemita Sociedade Thule da Baviera, de Alfred Rosenberg e Rudolf Hess, dizia representar os sobreviventes da Atlântida que viviam ocultos no Himalaia, os chefes secretos do Tibete, comandados pelo Rei do Medo. Adolf Hitler possivelmente acreditava ter tido contacto com um representante da Super-Raça da Terra interior, como dissera a Hermann Rauschning, governador de Dantzig. O Fürher teria mandado expedições nazistas ao Tibete e à Mongólia para buscar contatos com o Mundo subterrâneo. Unidades especiais haveriam vasculhado minas e cavernas na Europa buscando passagens para tal mundo interior, onde, segundo lendas proeminentes nazistas se refugiaram depois que a Alemanha Nazista ruiu.

Palmer e Shaver


As viagens aéreas de Richard Byrd sobre os polos norte e sul e suas extensas explorações na Antártica pareciam ter enterrado em definitivo as especulações sobre entradas para um mundo interior. Porém, logo surgiram insistentes contestações quando às verdadeiras descobertas de Byrd. Em 1959, o escritor americano F. Amadeo Giannini, em seu livro Mundo além dos polos, afirmava que Byrd em verdade entrara na "Terra interior", 2.700 km sob o Polo norte em 1947 e 3.700 km sob o Polo sul em 1956. Essa idéia de que nem tudo fora revelado sobre as viagens de Byrd ganhou muitos adeptos, ansiosos por novidades, por estórias fantásticas.

Nos anos 40, Ray Palmer, editor de revistas sensacionalistas como Amazing Stories, e o escritor imaginativo Raymond Bernard insistiam em afirmar que Byrd fora forçado a manter secretas essas reais viagens intra-terrestres. Em sua revista, Palmer publicou uma série de artigos de Richard Sharpe Saver, um soldador da Pensilvânia, que teria contactado uma raça de criaturas que viviam no interior da Terra, os Deros, os quais utilizavam raios invisíveis para influir em todos os acontecimentos do planeta. Essas publicações chamas de O Mistério Shaver provocaram uma grande onda de cartas de leitores que diziam ter encontrado Deros, o que levou Palmer a afirmar que, se os relatos de Shaver fossem ilusões, muitas outras pessoas sofriam as mesmas alucinações.

Mesmo provas mais conclusivas quanto à inexistência de uma terra interna, como a navegação do submarino norte-americano USS Skate (SSN-578) sob a calota polar do Norte, sob comando de James F. Calvert, quando a embarcação emergiu exatamento no Polo Norte, não convenceram Palmer. Em 1970, o então editor desde 1957 da revista Flying Saucers', publicou uma fotografia da Terra feita a partir de um satélite onde se via uma mancha negra circular na área do Polo Norte, que Palmer identificou como a entrada para o "mundo interior".

Porém, os defensores dessas idéias fantásticas resistem a qualquer descoberta científica que venha a invalidar suas teorias, uma vez que o que realmente existe nas profundezas da Terra ainda é fruto de especulações e suposições científicas com base apenas em verificações indiretas, estando sempre sujeito a novas pesquisas e descobertas.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Fadas

Herman Flegenheimer Jr.

"Quando um bebê ri pela primeira vez, sua risada se quebra em um milhão de pedaços e todos eles saem pulando por ai. É assim que nascem as fadas."
-
J.M Barrie, Peter Pan


Quando queremos dizer que alguém é ingênuo, dizemos que esta pessoa acredita em Fadas. Quando contamos histórias de fantasia para crianças chamamos de "Contos de Fada". Elas estão presentes nas histórias da Cinderela e do Peter Pan entre outras e seu fascínio não diminuiu com o passar dos séculos figurando ainda em obras ,contemporâneas como Harry Poter, na qual aparecem como humanóides diminutos de natureza mágica. Mas a idéia central por trás da figura folclórica das fadas é muito mais profunda e intrigante do que as maravilhas das histórias infantis e a frieza que nosso ceticismo cotidiano deixa transparecer. O que é uma fada? De onde surgiram suas lendas? O que há por trás dos relatos destas fascinantes criaturas? Estas e outras dúvidas foram o alvo da pesquisa que apresentaremos agora no presente artigo.

Mesmo que não constituam prova de sua existência as pessoas vêem ou pensam que vêem coisas estranhas como fantasmas, lobisomens, discos-voadores e, é claro, fadas. O primeiro testemunho escrito sobre este seres é de Pompônio Mela, um geógrafo euro-asiático que viveu durante o século I d.c. Desde então muitas são as lendas que descrevem estas criaturas ou contam suas façanhas. Estes relatos são sempre esporádicos e isolados na vida de uma pessoa, mas persistentes e constantes na história da humanidade. As fadas não existem portanto apenas nas histórias, mas antes disso existem também naquilo que as pessoas chamam de experiências. Mas falta de precisão científica atribuída aos relatos populares, além do preconceito que julga que qualquer relato popular é baseado sempre em ignorância e crendices tolas, tornam-se uma desculpa para a má-vontade acadêmica de pesquisar estes assuntos. assim, em vez de estudar o que estas experiências realmente trazem de verdade, descarta-se previamente todo o testemunho e assim livra-se do problema. Este é um erro histórico da Ciência, foi essa rejeição da livre observação que retardou em séculos a descoberta "científica" do calamar gigante, do celacanto, da paralisia no sono, dos meteoros e pasmem até dos gorilas, só para citar alguns exemplos.

Isso não significa que devemos acreditar em todo relato que ouvimos sobre qualquer coisa, isso seria tão precipitado como descartar tudo. Ao contrário, nossa postura deve ser de exploração. Não é um absurdo completo considerarmos que as algumas pessoas e sociedades tradicionais acreditem em fadas, no mínimo porque parcialmente alguma coisa que eles não sabemos explicar foi vista. Como escreveu o criptozoólogo irlandês Douglas Hyde: "O conto folclórico não deve ser confundido com a crença no folclore. a história é coisa muito mais intrincada complicada e elaborada do que a crença. É muito fácil distinguir um do outro. A crença é curta e oral, relacionada a pessoas reais e não contêm uma extensa seqüência de incidentes; já o conto folclórico é comprido, complicado mais ou menos convencional e, acima de tudo, tem o interesse agrupado em torno de uma figura tradicional em particular. O que Hyde chama de crenças podemos chamar de aparições.

Existem basicamente três formas de lidar com essa questão. Para alguns folcloristas, como Stewart Sanderson e Katharine Briggs, ambos notadamente cristãos, as "aparições" são descartadas e passadas adiante sem qualquer reflexão. Para os parapsicólogos em geral o assunto têm despertado interesse zero. Por fim para autores como Evans-Wentz (Autor de The Fairy-Faith in Celtic Countries) e o poeta W.B Yeats (o mesmo que escreveu extensamente sobre as tradições e aparições dos duendes irlandeses em The Celtic Twilight) e para a historiadora ocultista Leslie Shepard, os avistamentos de fadas pela história são indícios fortes da existência de um mundo paralelo, localizado numa espécie de dimensão alternativa.

Fadas: definições e descrições

A própria definição do que é um fada é tão fugidia quanto as suas aparições. O folclorista Joseph Ritson, na sua dissertação On Faries, define fadas como uma espécie de seres parcialmente materiais, parcialmente espirituais, com o poder de mudarem a sua aparência e de, conforme a sua vontade, serem visíveis ou invisíveis para os seres humanos. Já Jorge Luís Borges e Margarita Guerrero em O Livros dos Seres Imaginários dá a seguinte descrição: "Seu nome se vincula ao vocábulo latino fatum (fado, destino). Intervêm magicamente no que sucede aos homens. Já foi dito que as fadas são as mais numerosas, as mais belas e as mais memoráveis das divindades menores. Não estão limitadas a uma única região ou a uma única época. Os antigos gregos, os esquimós e os pele-vermelhas narram histórias de heróis que alcançaram o amor dessas fantásticas criaturas. Tais aventuras são perigosas; a fada, uma vez satisfeita sua paixão, pode matar seus amantes. Na Irlanda e na Escócia atribuem-lhes moradas subterrâneas, onde confinam crianças e os homens que costumam seqüestrar. O povo crê que elas possuíam as pontas de flechas neolíticas que desenterraram nos campos e as quais dotam de infalíveis virtudes medicinais. As fadas gostam da cor verde, do canto e da música."

Apesar de nos dias de hoje, principalmente por causa da mídia de filmes e desenhos infantis, as fadas serem retratadas como pequenas mulheres com asas, originalmente e até hoj em locais onde a crença nesses seres é forte, elas eram descritas de formas muito diferente, inclusive conflitantes: para alguns era seres altos, com mais de 3 metros de altura, canibais e violentos, para outros eram criatura deformadas e ignorantes, ainda existem aqueles que as descrevem como seres quase angelicais. Isso mostra que provavelmente Fada era um adjetivo usado para se descrever grande parte dos seres culturais que existiam em certas localidades, mesmo que se tratassem de criaturas muito diferentes entre si. Da mesma que eram descritas como seres pequenos, existem inúmeros relatos que lhes conferem a estatura de uma pessoa normal. Isso pode indicar também que sua estatura está associada a sua natureza sutil, o resultado de sua vontade e não de sua limitação física.

Suas asas se tornaram populares na era vitoriana, nos séculos XV e XVI, quando as fadas passarma a ser pintadas, mas elas são raramente mencionadas nas compilações folclóricas, onde mesmo quando voam o fazem através de mágica e não asas, ou então surgem voando nas costas de insetos ou pássaros.

Além de descrições antropomórficas, existem relatos de fadas descritas com a aparência de um animal, às vezes a fada tem a capacidade de assumir a forma de um animal, outras ela não muda de forma e o animal, como cachorros negros, por exemplo, mantém sua forma constantemente, mas se difere de um simples cão por ser uma fada.

Em alguns casos surgem como seres que apesar de confundir não podem dizer uma mentira, outras vezes como seres malignos e mentirosos por natureza.

A breve abordagem acadêmica


Um dos primeiros estudos importantes sobre as fadas é "A República Secreta dos Elfos, das Fadas e dos Faunos", escrito em 1691 pelo pastor presbiteriano escocês, reverendo Robert Kirk de Aberboyle. Trabalhando nas Highlands da Escócia, ele tinha interesse vívido pelas crenças sobrenaturais da região e estava convencido da realidade das fadas. Ele mesmo pergunta no início do seu tratado: "Como seria possível a uma crença tão disseminada, mesmo que tenha apenas um décimo de verdade em suas histórias, brotar do nada?. Ele realizou suas investigações tendo em vista que quando tivesse informações sucifientes, poderia esmiuçar ao máximo a natureza da vida destas criaturas. Segundo ele as fadas são de uma "natureza intermediária entre os homens e os anjos, como eram os daemons descritos pelos antigos". Esta definição não é muito diferente da dada pela teosofia. Dora Gelger em seu livro O mundo real das fadas e que as descreve como uma sorte de elemental.

Rev. Kirk detalha a aparência das fadas em seu tratado diz que elas possuem corpos de espíritos fluídos, capazes de mudar a cor da luz que emanam, mais ou menos da mesma natureza de uma nuvem condensada e que podem ser mais facilmente observadas durante o crepúsculo do anoitecer. Seu corpo é de uma matéria tão sutil que elas parecem poder aparecer e desaparecer ao seu bel prazer. Elas guardam costumes e idioma como o do povo do país em que vivem. Certas fadas possuem uma natureza tal que podem ser vistas em trânsito, mas nunca estacionárias. Outras nunca ficam paradas estando sempre em algum tipo de movimento. Outras ainda podiam ser ouvidas mas não vistas. Viajam muito, amiúde pelos ares, podiam roubar o que quisessem (desde alimentos até bebês humanos) e não tinham religião particular. Os mortais dotados de clarividência tinham maior probabilidade de vê-las, já que eram geralmente invisiveis ao olho humano. Diz a lenda que o Rev Kirk foi arrebatado para o mundo das fadas pouco depois de publicar seu tratado, as fadas o teriam levado embora por ter revelado seus mistérios. Em 1815, Sir Walter Stooth Scott ( Não confundir com o famoso literato de mesmo nome) fez publicar esse manuscrito, e surpreendentemente também sumiu do dia para noite.

O assunto só ganhou interesse acadêmico um século depois quando o já citado W. Y Evans-Wentz publicou em 1911 seu livro "A Crença nos duendes nos Países Celtas". Evans era antropólogo especializado em religião e doutorado pela Universidade de Oxford. Ele percorreu as ilhas britânicas e a Bretanha na costa oeste da França e publicou o resultado de suas viagens em um espesso livro que permanece um clássico dos estudos de criptozoologia. Além de documentar o que restava da tradição oral da crença Wentz concluiu que "Podemos postular cientificamente que, diante dos dados da pesquisa a existência dessas inteligências sutis. Se são deuses, gênios, demônios, ou como alega o próprio povo que o descreve fadas legítimas este é um trabalho inconcluso que o futuro nos reserva."

Como vimos, a influência das fadas em escolas iniciáticas ou em grupos ocultistas se desenvolveu criando-se uma cultura igualmente rica à folclórica, mas focada para um aspecto menos cotidiano: a busca pela sabedoria. Inlfuencidos pelo cristianismo esotérico muitos esotéricos, como a própria Gelder, dividem os seres invisíveis da criação em grupos, os seres superiores seriam os anjos ou devas, que além dos próprios afazeres teriam também a supervisão dos seres "inferiores" em sua lista de tarefas. Então, tomados pela mesma sanha de catalogar e dividir, esses esoteriastas separam os seres invisíveis e os associam com os diferentes quatro elementos da cultura mística ocidental. De acordo com essa divisão as fadas seriam elementais do ar.

Embora com o tempo tenham sido comparadas com anjos, ou colocadas sob sua guarda e sejam vistas em sua maioria como seres benignos que gostam de ajudar as pessoas, uma compilação folclórica sobre costumes em relação a fadas mostram que grande parte do que se sabe a respeito de fadas são maneiras de se proteger se sua magia e sua malícia. Além disso uma crença comum era a de que fadas eram conhecidas por roubar recém nascidos, muitas vezes substituíndo-os por crianças fadas ou outro tipo de criaturas que se assemelhavam ao bebê, mas com o tempo iam revelando sua origem não humana.

No Brasil as fadas também não são desconhecidas, existem várias histórias, algumas até paralelos de contos europeus como o da Cinderela, batizada de Bicho de Palha, onde para fugir dos maus tratos de uma madrasta que se casou com seu pai, um rico comerciante, e possuía uma filha com a sua idade, uma jovem foge de casa e busca viver a vida em outro lugar. Ao passar perto de um rio encontra uma senhora de cara bondosa que a instrui a criar um manto de palha que lhe deixasse à mostra apenas os olhos e buscasse emprego em um castelo, lhe deixando de presente uma vara de condão. Bicho de Palha consegue o emprego e fica no castelo até que o belo príncipe decide se casar e prepara uma festa que durará três dias para escolher a futura esposa. Como todas as mulheres do castelo estão ocupadas se preparando para a festa todo o trabalho sobra para Bicho de Palha, de quem ninguém conhece a identidade. Eventualmente ela apela para a vara de condão e faz suas roupas de palha virarem um belo vestido e ganha seus sapatos de cristal. O resto da história todos conhecem, mas o curioso é que no final da história a velha senhora volta a encontrar ela para pegar de volta sua varinha e Bicho de Palha descobre que ela uma fada. Com o tempo e com a evangelização do pais, a figura da fada foi substituída pela de Nossa Senhora, mas o elemento da magia e da vara de condão permanecem presentes.

As Fadas de Cottingley

Muito do ceticismo atual em torno das fadas se deve a um episódio ocorrido em meados de 1917, o famoso caso conhecido como "As Fadas de Cottingley". Nele, duas adolescentes inglesas Elsie Wright e Frances Griffiths ganharam fama ao alegar que conseguiram fotografias autênticas de fadas e duendes que habitavam o jardim da casa onde viviam. O caso ganhou atenção internacional, em especial do público espiritualista e foram publicadas no Strand Magazine em 1920. Confira algumas delas abaixo:

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As duas primas de Cottingley ganharam um insuspeito advogado quando Sir Arthur Conan Doyle, criador do famoso personagem Sherlock Holmes chegou a escrever um livro The Coming of the Fairies ("A Vinda das Fadas") para defender a veracidade das mesmas. De fato nenhum especialista até hoje conseguiu qualquer evidência de montagem fotográfica ou manipulação de imagens. Entrevistadas pela BBC muitos anos depois, em 1970 as duas senhoras continuaram defendendo sua história, mas Elsie declarou que "se você pensar seriamente em alguma coisa ela se tornará sólida, real. Acredito que as fadas eram invenção da nossa imaginação" e muitas pessoas viram nisso uma velada confissão de fraude. As suspeitas se confirmaram em 1982 quando numa entrevista a Joe Cooper as primas admitiram que haviam forjado as fotos. Sem nenhum talento para manipulação fotográfica, elas apenas posaram ao lado de recortes de papel.

Presente de Fadas

Independente de sua aparência ou motivação, as fadas são conhecidas por seus presentes. Geralmente após presentear uma pessoa, elas esperam um outro presente em troca, caso não recebam elas infernizam a vida e a calma da pessoa que teve a sorte de receber o que elas tinham para dar. Alguns consideram seus presentes um sinal de boa sorte, outros afirmam que nada que venha de uma fada é coisa boa, e deve ser evitado a qualquer custo e assim desenvolveram uma série de costumes para se afastar fadas, como o uso de amuletos, preces e o Ferro-Frio, que para uma fada é pior do que veneno.

Por outro lado, uma tradição que mostra como presentes de fadas são bem-vindos é a crença na fada-do-dente, disseminada para as crianças, onde os dentes de leite que caem são deixados deaixo do travesseiro para que a fada-dos-dentes o substitua por um doce, uma moeda ou um presente.

Acreditar em Fadas

Se o objetivo das fadas é esconder-se dos humanos nenhum golpe poderia ser mais certeiro. Desde então nenhum crédito científico ou acadêmico foi dado para qualquer relato envolvendo estes seres fantásticos. Se as fadas existirem de fato, estão hoje mais protegidas do que nunca. Porém, para sermos imparciais devemos admitir que mesmo aquelas pessoas que desejam dar um salto de fé e confirmar a existência delas se deparam com um problema que não é trivial: as tradições sobre as fadas quando consideradas em seu conjunto são complexas e variadas demais para constituírem um todo coerente. Quando lemos a vasta quantidade de relatos pensamos muito mais em divagações da imaginação do que em um misterioso mundo invisível no qual elas habitariam. De fato, a palavra fairyplain (o mundo das fadas) procede de uma palavra mais antiga fai-erie, que significava mais um estado de encantamento do que um lugar sobrenatural. No clássico Peter Pan, lemos ludicamente que cada vez que alguém diz "Não acredito em Fadas", uma fada cai morta no chão em algum lugar. A título de hipótese talvez as fadas sejam dependentes de nossa imaginação, como sugere esta citação. Não por serem meras crenças, pois os relatos durante toda história nos proibe de achar isso, mas por serem centelhas de inteligências automonas que vivem em nossa imaginação. Vivem em nossa mente tal como as bacterias e microorganismos vivem em nossos corpos físicos e se revelam apenas quando nos tornamos receptivos a elas.